O Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional vem sendo considerado uma questão de saúde pública, pois tem implicações na saúde física e mental. Mas o que é Síndrome de Burnout? O termo burnout vem da junção de duas palavras da língua inglesa: burn (queimar) e out (fora) levando à conotação de “consumir-se” ou “esgotar-se”. Ele se refere a um quadro de esgotamento que surge como uma resposta crônica à estressores relacionados com a situação de trabalho. É como se fosse um esforço excessivo, seguido de nenhuma ou poucas situações de descanso ou descontração.
Hoje, é algo extremamente comum e estima-se que atinja 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores, segundo levantamentos da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). No entanto, esses números podem ainda estar subestimados, já que é um quadro confundido muitas vezes com depressão ou o estresse de modo geral. Seus principais sintomas físicos são:
- cansaço excessivo e falta de energia
- dores de cabeça, articulares ou musculares geradas por tensão
- manifestações psicossomáticas como problemas gastrointestinais, cardiovasculares, alteração de sono e apetite.
Emocionalmente, os sinais costumam aparecer inicialmente como um cansaço extremo com aparente desmotivação e desesperança e um desejo de isolamento. No entanto, com o desenvolvimento da Síndrome, a pessoa pode ficar mais irritada e impaciente no contato com outros, demonstrando pessimismo e baixa autoestima. Diante desse quadro, o trabalhador passa a se tornar cada vez menos concentrado e disposto às tarefas, prejudicando seu desenvolvimento profissional e experimentando um declínio na sensação de competência e êxito, o que alimenta ainda mais esse ciclo.
COMO PREVENIR O ESGOTAMENTO?
Para evitar atingir esse nível de cansaço extremo, é importante ter na rotina práticas de autocuidado e relaxamento, como a prática de exercícios físicos, o cuidado com a alimentação, o estabelecimento de momentos de lazer, em que efetivamente seja possível se “desligar” da atividade de trabalho. Poder tirar férias e folgas e organizar uma rotina com metas possíveis e sem sobrecarga também ajudam a manter a saúde física e mental.
COMO O PSICÓLOGO PODE AJUDAR NA SÍNDROME DE BURNOUT?
O acompanhamento profissional nessa situação é extremamente importante. Inicialmente, o psicólogo poderá ajudar a estabelecer um diagnóstico diferencial entre o Burnout e depressão ou estresse relacionado a situações passageiras. A partir daí, poderá refletir sobre as dinâmicas envolvidas no estabelecimento da situação de sobrecarga, de forma a elucidar novas possibilidades de relacionamento com situações de trabalho e interpessoais, bem como evitar ciclos de repetição das situações estressoras.