Escolher um psicólogo é o primeiro passo quando alguém decide buscar terapia. Afinal, existe algo como o “melhor psicólogo do Brasil”? Na verdade, não. As considerações que permeiam a seleção de um profissional para o acompanhamento psicológico vão além de suas especialidades e anos de experiência (embora esses também sejam relevantes). Existem diversas abordagens e métodos para aliviar o sofrimento mental, mas estabelecer uma boa conexão com o terapeuta é crucial.
O psicólogo pode atuar como um guia para ajudar você a percorrer o caminho, embora a jornada em si seja responsabilidade do paciente. A terapia é recomendada, em primeiro lugar, para aqueles que desejam tratar ou aliviar sintomas de transtornos mentais, como ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, distúrbios alimentares, síndrome do pânico, transtornos de personalidade borderline e outros. Além disso, a terapia pode ser benéfica para pessoas que enfrentam frequentes momentos de estresse devido a conflitos conjugais, incertezas profissionais, falta de confiança, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, perda de entes queridos e outras questões pessoais desafiadoras. Basicamente, qualquer problema pessoal que seja difícil de resolver pode ser tratado na terapia. Não importa se você está enfrentando uma crise temporária, como o luto, lidando com um transtorno mental ou simplesmente procurando uma melhor compreensão de si mesmo. Há momentos na vida em que nos deparamos com situações difíceis e, nesses momentos, a orientação de um psicólogo pode fazer uma diferença significativa.
Outra razão comum para buscar terapia é o desejo de autoconhecimento e cuidado com a saúde mental. O psicólogo trabalha no sentido de promover o seu bem-estar emocional e psicológico, o que é essencial para reduzir as chances de desenvolver transtornos como a depressão ou o estresse crônico.
Mas como escolher um bom psicólogo?
Antes de tudo, é fundamental verificar se o psicólogo possui registro ativo no Conselho Regional de Psicologia (CRP) do seu estado. Isso é necessário para garantir que você está recebendo atendimento de um profissional reconhecido e que atua de acordo com as regulamentações legais.
Outro elemento fundamental nessa escolha é o vínculo e afinidade com o profissional. Como em qualquer relacionamento, o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, por isso é algo individual. A empatia entre o profissional e o paciente é uma das principais características que garantem um acompanhamento eficaz. As sessões podem não ser satisfatórias se não houver uma conexão e entendimento mútuo. Mesmo que o psicólogo seja altamente qualificado e utilize a abordagem correta, se não houver empatia, os benefícios da terapia podem ser comprometidos.
Também podem ser relevantes na escolha outros aspectos como qualificações além da graduação, como especializações ou mestrado e doutorado e tempo de atuação. Embora não sejam sinônimos de uma terapia eficiente, são sinais de que você está diante de alguém que já se dedicou bastante a obter conhecimento.
Alguns sinais de que o profissional é alguém comprometido com o atendimento também podem ser percebidos no processo como: mostrar empatia em relação ao que você compartilha ou mostrar compromisso em manter os horários agendados para as sessões semanais.
O trabalho do psicólogo é algo construído na relação com cada pessoa e, portanto, devemos ter cuidado para avaliar de forma muito rigorosa todos esses aspectos em apenas uma sessão. Muitas pessoas desistem da terapia rapidamente ou acham que não devem procurar ajuda terapêutica devido a uma experiência inicial muito idealizada.
O que o psicólogo não deve fazer?
O terapeuta não deve impor suas próprias crenças, preconceitos, superstições ou visões de mundo ao paciente. Isso vai contra o Código de Ética Profissional estabelecido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Um psicólogo que viola as normas do código de ética está sujeito a penalizações, incluindo a revogação de sua licença profissional.
Além disso, não é papel do psicólogo tomar decisões pelo paciente. Pelo contrário, ele atua como um mediador e facilitador do processo de desenvolvimento e crescimento pessoal do paciente. Ele ajuda a promover autonomia, independência, bem-estar e saúde mental.